Leoa e Sombra na Savana Brasileira...

Sexta-feira, 03 de setembro de 2010

Saímos de Campinas as 19:30h fazendo uma pequena parada em Valinhos, pois o Mário havia perdido o documento da Sombra. por sorte estava na calçada, em frente ao portão da casa dele, graças a Deus!

Seguimos viagem respeitando os limites de velocidade, rodando tranquilamente pela Bandeirantes (optamos a ir pela Bandeirantes por causa do feriado, evitando o grande movimento que ocorre normalmente entre Campinas e Limeira).  Já no final da Bandeirantes descobrimos que a lanterna traseira da Leoa estava queimada. Apenas no segundo posto conseguimos uma lâmpada. Na realidade já estávamos indo embora quando o cara do posto gritou para avisar que uma das luvas do Mário tinha ficado para traz. O mais engraçado é que com essa volta o cara resolver forçar um pouco mais a memória e a força de vontade em ajudar e resolveu pegar uma lâmpada para verificar se serviria. Resolvemos levar mais duas de reserva, pagando um total de R$ 9,00 pelas 3 lâmpadas.

Chegamos em Ribeirão Preto as 24:00h.

Sábado, 04 de setembro de 2010

Saímos de Ribeirão as 9:00h fazendo nossa primeira parada depois de aproximadamente uma hora e meia de viagem. O Mário abasteceu com a pior gasolina de todo o percurso. A moto fez quase 10 km/L com essa gasolina. Descansados rodamos até Uberlândia, parando para almoçar na melhor parada do caminho, 5 km após Uberlândia. No meio do almoço perdi o apetite quando a Priscilla ouviu um boato que tinham acabado de roubar uma moto no estacionamento. Apesar de ter checado que estava tudo em ordem com a Leoa e com a Sombra, aquilo me deu um nó no estomago. (na verdade foi apenas um domino de esportivas! 5 motos caíram no estacionamento. Triste também, mas melhor isso do que um roubo).

A partir de Uberlândia a estrada complica um pouco, pois passa a ser pista simples, irregular, mas com paisagens incríveis! E assim seguimos até Catalão, chegando exaustos por conta do tempo seco, tensão e principalmente o calor que fritava nossos miólos.

Abastecemos as motos por precaução (no meu caso, já que a Leoa tem um tanque sem fim!) e seguimos até Cristalina fazendo uma parada em xxx. O sol já estava indo embora e nós estávamos avaliando se dormiríamos em Cristalina ou em Luziânia. Conversando com o Frentista decidimos seguir até o fim, pois ele disse: - Vocês já estão praticamente dentro de Brasília e os hotéis por aqui são ruins. E assim fizemos, com direito a paradas para fotos noturnas na frente do Congresso. Antes de sair, precisamos novamente trocar a lâmpada da Leoa, que estava apagada novamente.

Chegamos no hotel por volta de 23:00h

Domingo, 05 de setembro de 2010

Dormimos até um pouco mais tarde, passeamos por Brasília a lá turistão, de camiseta, bermuda e tênis. Tiramos fotos e mais fotos, almoçamos no Mc Donalds e saímos de Brasília às 14:00h, não sem antes gastar uns 40 minutos para desmontar e "adaptar" o encaixe da lâmpada da lanterna traseira da Leoa. (Ficou perfeito, graças ao Mário que levou um jogo completo de ferramentas - tinha até um kit com uns 5 tipos de alicate diferente - foi o que salvou a minha pele).

Paramos para abastecer em Cristalina exaustos novamente por conta do calor. Chegamos a conclusão de que o ideal para esse tipo de viagem no verão é evitar rodar entre 12:00h e 14:00h, pois o cansaço, o sono e o calor são incontroláveis. Abastecidos e hidratados, fomos até Catalão sem parada. A Walquíria e o Mário combinaram que se ela quisesse parar, era só dar um tapinha nas costas dele, mas ele estava alucinado, com sede de estrada, e mesmo ela esmurrando as costas dele... Rodamos os 190 km entre Cristalina e Catalão sem nenhuma parada. A Leoa é incrível! Simplesmente uma moto inacreditável, parece que estou vivendo um sonho quando estou rodando com ela, pois rodar estes 200km direto com ela é o mesmo que rodar uns 30 km com a Fazerzinha.

Novamente já estava anoitecendo, e foi assim que seguimos viagem até Uberlândia, onde pararíamos para dormir em algum motel. Chegando em Uberlândia... O Mário fez sinal para parar no mesmo posto da ida. Comecei a dar risada, pois naquele momento eu entendi a intensão dele de continuar viagem.

A Walquíria mesmo sugeriu que continuássemos até Uberaba e assim foi. Seguimos lentamente por conta da falta de sinalização da estrada, percorrendo 100km em quase uma hora e meia.

NOTA: A Walquíria foi muito guerreira! Primeira viagem de moto, na garupa de uma custom, rodou 2000 km e ainda botou pilha para rodarmos mais em alguns momentos. Mesmo cansada ela aguentou muito bem! Por isso: - Parabéns Walquiria! Você tem muita garra!

Nem preciso falar nada da Prí, né? Ela já tem motoquinhas correndo nas veias!

Em Uberaba a Walquíria e o Mário queriam continuar viagem, mas ai fui eu que amarelei! Eram 23:30h e eu estava cansado! Dormimos no posto do Grall de Uberaba, limpinho, simples e barato. As motos ficaram estacionadas no corredor de passagem, quase dentro da recepção do hotel.

Segunda-feira, 06 de setembro de 2010

Um dia estranho, triste e alegre ao mesmo tempo. Triste porque sabia que a viagem estava por terminar e alegre porque nós tínhamos conseguido. Durante os últimos quilômetros me dei conta de que nossa viagem para o Chile terá que ter como data de chegada um sábado a tarde! Nós teremos que fazer um chegada em grande estilo, com escolta dos amigos na entrada da cidade ou uma parte do caminho, muita festa e de quebra uma recepção organizada na Warrior! O que vocês acham disso???

Voltando a viagem... De Uberaba a Campinas foi brincadeira de criança! Rodamos, paramos, abastecemos, nos hidratamos, comemos, rimos e... Chegamos!

Resumo da ópera: Paisagens maravilhosas, sem grandes problemas, viagem tranquila, moto excelente (A Leoa é amarela, mas não amarela por nada!), companhia excepcional, tempo bom! E a tão esperada chuva chegou a Campinas apenas hoje, em um feriado, e eu aqui dentro de casa, tranquilo, assistindo filmes e escrevendo no blog! Dias perfeitos!

Para terminar, na última parada veio a maravilhosa pergunta do Mário: - Quando e para onde será a próxima?